Eu estou sentindo uma incerteza,
Uma vontade de gritar,
Não sei porque estou sentindo esse aperto no peito,
Não imagino qual seja a razão
É algo que me consome,
E vem de dentro da minha alma,
Sinto uma tristeza profunda,
Mais do que isso,
Sinto uma dor
Sinto meu coração acelerar e parar,
Tudo isso a cada segundo que passa,
A cada piscar de olhos fica mais difícil escrever,
A cada exalação de ar,
Eu sinto o espaço à minha volta se contrair e retrair
Não sei se passa de um fruto da minha imaginação,
Ou se realmente estou nesse lugar sombrio,
Mas o mundo real também é um lugar sombrio,
Eu começo a ver um fagulha na escuridão
Essa fagulha se transformou,
Agora consigo ver nela,
Às guerras, à dor, à fome, à morte,
Consigo ver o que acontece,
No que chamamos de "mundo real"
Eu não estou cego como os outros,
Ou como os que fingem não ver,
Estou tomando as dores do mundo para mim,
Mesmo sabendo que é demasiado para meus ombros
Eu posso sentir o sofrimento me corroendo,
Eu posso sentir às pessoas pedindo ajuda,
Eu posso ver o mundo de outro jeito,
Mas só posso vê-lo,
Nesse momento um arrepio,
Provavelmente de impotência passa por meu corpo
Vejo a morte cara à cara,
Mas não à minha morte,
Vejo à morte que nós produzimos,
Aquela que se alimenta,
Exclusivamente do nosso "mundinho" corrompido pela ganância
Agora que eu posso vê-la,
Sinto sua respiração,
Me pergunto o que fazer,
Porém sinto apenas meu corpo enrijecer
Não existe para onde correr,
Não podemos escapar pois à morte,
É o chão que pisamos,
E o ar que respiramos,
Estamos nos matando!
E agora eu me pergunto,
Se isso é só um devaneio de um adolescente,
Mas não, É REAL...
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